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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Cão-Terapia, cada vez mais utilizada.

   Quando se pensa em tratamento, logo vem a mente o uso de medicamentos ou equipamentos médicos. Mas uma terceira forma de tratamento vem ganhando corpo cada vez maior. Trata-se da cão-terapia, ou pet-terapia, o uso de cães para influenciar positivamente o paciente.



    Em Praia Grande, voluntários do projeto Cão Amor realizam visitas a cada 15 dias aos pacientes do Hospital Irmã Dulce. A idealizadora do projeto, Danielle Gravina, conta que a ideia de levar os animais ao hospital surgiu há mais de 4 anos, quando o pai dela estava internado. "Ele queria muito ver os meus cachorros, mas naquela época não falavam em pet terapia. Aí comecei a pesquisar, fiz cursos e criei o projeto", conta. De acordo com a psicóloga Vanessa Bizzo, a presença dos cães propicia uma "melhora emocional imediata" em crianças, adultos e idosos. "O ambiente hospitalar é muito hostil, cercado por óbitos, por procedimentos invasivos e dolorosos, pessoas desconhecidas que te manipulam. Os cães trazem o aconchego de algo mais familiar. Eles (animais) são muito preparados e parecem perceber o humor dos pacientes", afirma.


   Durante o tempo em que permaneceu internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital Niterói D’Or, "seu" Oswaldo teve três paradas cardíacas e passou por uma cirurgia delicada no coração, quando foi preciso ainda uma traqueostomia, quando um tubo de ar é inserido na traqueia para auxiliar na respiração do paciente. Por conta do procedimento, Oswaldo lesionou as cordas vocais e não conseguia falar. Até ouvir seu cachorro Conan do outro lado da linha.
    "A minha noiva colocou ele no telefone para eu falar com ele, para ele me ouvir. Quando tentei falar o nome dele, a minha voz saiu. Foi meu amor pelo Conan que ajudou minha voz a voltar" - contou




     
A ONG Cantinho do Céu, em Ribeirão Preto, oferece aos pacientes com sequelas irreversíveis, alguns em decorrência de paralisia cerebral, um exercício feito com cães.
As atividades acontecem uma vez por semana, das 10h30 às 12h, onde dois voluntários do Centro de Adestramento e Psicologia Canina do município levam dois cachorros da raça rottweiler, labrador ou pit bull à entidade, para promover um momento de descontração e auxílio aos pacientes.
   "A maioria das crianças fica esperando o dia da visita para passar as mãos nos cachorros, sentir a pulsação deles e assim, vão melhorando com os estímulos apresentados,” relata Monalisa Dias, uma das voluntárias".

   A cão-terapia já é usada com sucesso nos EUA, Canadá e Europa, e já está sendo bem utilizada aqui mesmo no Brasil
   Segundo Vinícius Favo Ribeiro, fisioterapeuta e diretor da ong INATTA (Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por animais) em São Paulo:
   "Em um primeiro momento, os pacientes enxergam no cachorro, um ponto de referência e, pelas atividades, adquirem vontade de interagir com outras pessoas e enxergar a vida com mais felicidade."
   Você já sabia que um cão pode ter um efeito tão benéfico para a saúde do paciente?

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